terça-feira, 5 de abril de 2011

Trabalho de certificação ‏ 3º ano

Entrega do trabalho de certificação até dia 25 abril.

Flopen

Caros amigos do Núcleo Florestal,
Antes de mais congratulo-os por manterem vivo o núcleo florestal, que já tem uns anitos. Sem dúvida que o recurso ás novas tecnologias, tais como blogs, Facebook, Twitter, etc, mantêm viva uma chama que com o passar dos anos tende a desaparecer. Constato no entanto, que tal não tem acontecido ao núcleo e ainda bem. Como sabem, não sou associado do vosso núcleo, nem é minha intenção sê-lo, pois não sou florestal, sou Agro-Pecuário. No entanto a minha vida profissional têm-me, invariavelmente, empurrado para a Floresta, e com muito gosto.
Este meu mail, serve apenas para desfrutar da partilha de opiniões, sobre o que é, e o que será a nossa FLORESTA. Como é que vocês, estudantes quase engenheiros, perspectivam o Futuro.
Como sabem, a primeira metade da década que passou, foi pródiga em arranjar emprega, para um conjunto de técnicos e técnicas, para que se operacionalizasse a gestão florestal. De facto, essa operacionalização foi conseguida, mas será que foi mantida?
O Pinhal Interior Norte (PIN), foi pioneiro, no desenvolvimento de um conjunto de Organizações de Produtores Florestais, que trouxeram um grande número de projectos importantes, tais como os Agris 3.4 e 3.1, Equipas de Sapadores Florestais, a Certificação Florestal, as ZIF, Planos Municipais da Floresta Contra Incêndios, Fogo Controlado, etc. Foram e são, de facto, a última “guarda avançada” contra a desertificação do meio rural. E hoje, o que são? Será que continuam as mesmas? Muito possivelmente não. Possivelmente terão sobrevivido as melhores.
Infelizmente para todos os nós a política de apoio a estas organizações tem sido cada vez menor.
Infelizmente as políticas que temos na floresta ainda são inferiores aos ciclos de corte do eucalipto, e, desta forma, continuamos a ter uma floresta com baixos índices de sustentabilidade.
Há problemas fundiários estruturais graves que teimam passar incólumes às necessidades de solução, tais como:
- Cadastro;
- Ordenamento;
- Fitossanidade;
- Legislação;
- Mercados.
Infelizmente a publicidade que é feita à floresta tem sido ao nível da problemática dos incêndios. Errado. Este não é um problema, é uma consequência da nossa geo-localização. A floresta não se esgota entre Junho e Outubro. Há mais vida para além deste meses, mas teimosamente vamos olhando sem perspectivas políticas para um sector que contribui 5% para o PIB nacional.  
Antes de tudo há que realizar o cadastrado florestal de forma simplificada e célere. Há muitos engenheiros florestais desempregados, ávidos por mostrar o seu valor de GPS às costas. Há muito cadastro feito, nos últimos 8 anos, pelas OPF, pelas salas de parcelários, pelos projectos  Agris, Agro e PRODER. E onde é que estão? Talvez guardados num qualquer disco rígido, numa sala onde ninguém sabe onde está a chave que a fechou.
Enfim, novas políticas de continuidade precisam-se, tendo estas que ser transversais aos ministérios da Agricultura, Ambiente, Finanças, Economia e que sejam de entendimento entre os partidos da oposição e o governo vigente. Só desta forma é que se conseguirá estruturar a médio prazo políticas que durem mais que uma década. Como alguém disse um dia: “À mulher de César não basta parecer…”.
As soluções existem, só as temos de procurar, e definir uma linha para as atingir.
Um abraço a todos.

João Ribeiro
Director Executivo
Executive Director
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